A Formação Holística de Base

O PROJETO

Em agosto de 1989 teve início a implementação, na Universidade Holística Internacional de Brasília – UNIPAZ, do inusitado projeto da Formação Holística de Base (FHB), após um ano de intenso estudo, reelaboração e adequação do esboço original ao nosso contexto brasileiro, realizado por uma equipe interdisciplinar. Primando pela qualidade do corpo docente e superando, com entusiasmo, todos os obstáculos que se interpuseram à nossa marcha, em setembro de 1992 o Grupo Piloto chegou ao término de sua jornada, com o Seminário sobre os Terapeutas de Alexandria, conduzido por Jean-Yves Leloup. Naquela ocasião foram apresentadas as primeiras seis Obras Primas aprovadas pelo Colegiado da FHB.

O QUÊ

A Formação Holística de Base visa habilitar pessoas, partindo da proposta teórico-vivencial de uma Ecologia Pessoal, Social e Ambiental, à nova cosmovisão sustentada no paradigma holístico, através de um modelo de educação para a inteireza.

FORMAÇÃO

Trata-se de um curso de longa duração, com pretensão formativa, estruturado na forma de três etapas:

  • a do Despertar: a Ecologia Pessoal,

  • a do Caminho, fase itinerante: a Ecologia Social, e

  • a da Obra-Prima: a Ecologia Ambiental.

Cada etapa compreende:

  • Seminários teórico-vivenciais,

  • Holopráxis no cotidiano,

  • Condução de Círculos Holisticos e

  • Psicoterapia, quando necessária.

A abordagem da Formação é centrada no Aprendiz e é hologramática, ou seja, cada etapa está contida no todo e o todo apresenta-se em cada etapa.

HOLÍSTICA

Do grego holos, que significa todo, inteiro, o novo paradigma holístico representa uma resposta inteligente e evolutiva à crise de fragmentação e dissociação que assola a humanidade, ameaçando a sua própria perpetuação. É um modelo que leva em conta a dinâmica do todo-e-as-partes, reconstituindo a necessária dialogicidade da ciência com a filosofia, com a arte e com a tradição sapiencial, visando uma qualidade de conhecimento indissociada da dimensão valorativa, do amor e da compaixão.

DE BASE

Visa propiciar um fundamento válido para o público geral, independente das áreas de especializações e do background pessoal. É uma base a partir da qual cada Aprendiz poderá direcionar-se nas diversas áreas do saber-e-fazer humano.

O POR QUÊ

Um novo paradigma surge quando o anterior revela-se insatisfatório perante uma nova e mutante realidade. As falhas e anomalias derivadas provocam uma crise que, por um lado, é perigosa fonte de stress e, por outro, representa uma instrutiva oportunidade de aprendizagem e de evolução. A crise que vivemos, multidimensional em sua abrangência e sem precedentes na história conhecida, pode ser resumida como uma crise de fragmentação e de desvinculação. O paradigma cartesiano-newtoniano foi o grande impulsionador de imensos benefícios para a humanidade, como bem ilustra a maravilhosa e refinada ciência-tecnologia moderna. Entretanto, legou-nos também o lado sombrio e mesmo aterrador de um racionalismo científico caracterizado por seu aspecto mecanicista, reducionista e produtor de uma iatrogênica patologia dissociativa. O saber integrado fragmentou-se em disciplinas estanques e compartimentalizou-se a inteireza do viver. A extensão e gravidade dos conflitos internos e externos gerados por tantas fronteiras criadas artificialmente pela mente humana ameaça, neste momento, o processo de continuidade biológica da nossa espécie. O novo paradigma holístico surge como uma resposta criativa a esta crise global, partindo do postulado evidenciado por Jan Smuts (1926) do continuum matéria-vida-mente. Sendo uma abordagem inclusiva, ao mesmo tempo integra o adequado e positivo do antigo paradigma, transcendendo-o na direção de uma cosmovisão integrativa que leva em conta a dinâmica todo-e-as-partes. Conforme definição contida na Carta Magna da Universidade Holística de Paris, este novo paradigma “considera cada elemento de um campo como um evento que reflete e contém todas as dimensões do campo (cf. a metáfora do holograma). É uma visão na qual o todo e cada uma das suas sinergias estão estreitamente ligadas em interações constantes e paradoxais.”

A abordagem holística da realidade possui dois fundamentos distintos e complementares: a holologia, referindo-se á teoria e experimentação do modelo holístico, segundo critérios científicos rigorosos, e a holopráxis, compreendendo o conjunto de métodos experienciais de condução á vivência holística. Essa abordagem, ativando a interação hemisférica cortical, visa, em última instância, lançar imprescindíveis pontes sobre todas as fronteiras que esfacelam o conhecimento e a vivência humana.

A Formação Holística de Base abrange a necessária e profunda reflexão epistemológica, na busca-tentativa de delinear o que pode ser denominado de holo-espistemologia, ora em franca gestação. Apóia-se, por outro lado, na Carta Magna da Universidade Holística de Paris e no enfoque da transdisciplinaridade, preconizada pela Declaração de Veneza, da UNESCO (1986).

Assim como a Escola de Sagres preparava, no século XV, os navegadores que descortinaram o Novo Mundo, a UNIPAZ, através de um consistente e audacioso plano pedagógico holístico, pretende contribuir na preparação dos navegadores da Nova Era: os pontifex (um antigo termo latino que significa construtor de pontes), construtores de pontes, bem como samurais (na sua acepção original, é um termo que significa “servidor da paz”) da paz. Enfim, mutantes de uma nova consciência, realmente preparados para os imensos e inusitados desafios do nosso atual momento histórico.

PARA QUEM

A FHB destina-se, no plano pessoal, á todas as pessoas interessadas na abordagem holística como veículo evolutivo e, no plano profissional, a todos os que se sentem limitados por sua formação especializada e queiram ampliar e atualizar suas perspectivas teórico-práticas com a nova consciência emergente. É aberta tanto ás pessoas com vasta formação académica quanto ás pessoas com um mínimo de escolaridade, dotadas de qualidades pessoais, sensibilidade, autodidatas e/ou formadas pela natural escola da vida.

ONDE

Os seminários da FHB são realizados no campus da Universidade Holística Internacional de Brasília – UNIPAZ, localizada na Fundação Cidade da Paz, e nos campus avançados de Belo Horizonte, Campinas, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Salvador. A holopráxis no cotidiano e a condução de Círculos Holísticos têm lugar no local de residência do Aprendiz. Os estágios itinerantes são feitos na própria Fundação Cidade da Paz e em centros holísticos ou de tradições de sabedoria, nacionais e internacionais, pertencentes à Rede Holos e/ou referendados pela UNIPAZ.

PARA QUE

A FHB pretende, através de uma metodologia analítica e sintética, do caminho teórico-experimental e vivencial, do enfoque disciplinar e transdisciplinar, formar pessoas e profissionais integrados na perspectiva e na visão holística da realidade e conduzi-las a;

1. Viver e atuar de forma mais integrada e holística no cotidiano, desenvolvendo e harmonizando as funções psíquicas complementares razão-emoção e sensação-intuição, despertando o potencial do indivíduo para os diversos estados de consciência – vigília, onírico, sono e transpessoal – com as atitudes de abertura, atenção e receptividade indispensáveis à realização plena, sempre levando em conta as exigências do atual contexto de vida;

2. Propiciar um pré-requisito ideal para os candidatos a mestrados e doutoramentos de natureza holística; 

3. Facilitar o emergir de novos líderes holocentrados, preparados para o adequado enfrentamento da mudança paradigmática em curso e seus variados impactos;

4. Integrar o paradigma e a abordagem holística aos respectivos setores profissionais, a exemplo:

 

Para o educador:

.  Colaborar no projeto de uma educação centrada na inteireza e plenitude;

.  Colaborar na formação holística de outros educadores;

.  Criar espaços de orientação holística nas escolas e centros de formação, participando nesses projetos;

.  Propor e realizar planos de orientação holística nos centros industriais, comerciais, agrícolas e nas organizações públicas;                                           

.  Participar nas esferas de pesquisa da Unipaz sobre educação

 

Para o facilitador de saúde:

.    Desenvolver  e  irradiar  uma  abordagem   holística  da   saúde  através  de  equipes transdisciplinares;

.    Colaborar na formação holística de facilitadores de saúde orientada para médicos, psicoterapeutas, enfermeiros e demais profissionais que atuam nessa área;

.   Facilitar uma visão integrada da polaridade vida-morte, orientar e apoiar os pacientes terminais dentro da perspectiva holística.   

 

Para o pesquisador:

.   Participar e/ou integrar-se numa das esferas de pesquisa holística;

.   Desenvolver novos métodos de despertar da visão holística;

.  Pesquisar   novos métodos pedagógicos inter e transdisciplinares mais apropriados á educação infantil e às condições criticas da vida atual,

.  Realizar pesquisa comparativa quanto ás culturas   ocidental e oriental, focalizando a esfera organizacional,   educacional, psicoterápica, filosófica, etc.

 

Para o coordenador e empreendedor:

.   Organizar encontros inter e transdisciplinares nas escolas e universidades;

. Organizar encontros interculturais e entre as Tradições, evidenciando a sua fonte comum e as suas características singulares;

.   Encorajar e  participar dos  planos  econômicos, levando  em  conta  o  paradigma holístico. Orientar o lazer e as práticas  esportivas  com   uma   proposta   de  fraternidade,cooperação e alegria; 

.   Resgatar para o trabalho artesanal e manual a sua dignidade e função integrativa-evolutiva, e assim por diante.

 

A IDÉIA

A FHB retoma, num ponto superior da espiral evolutiva, o espírito das corporações e Companheiros da Idade Média. Marcando as diferentes etapas do processo formativo, os aprendizes deverão passar por diversas escolas e sistemas, situações de vida e lugares de aprendizagem, percorrendo um certo itinerário, realizando relatórios e, finalmente, uma Obra-Prima. Esse itinerário interior, a nível pessoal e transpessoal, levado avante através de uma disciplina de aprendizagem, é o que fornecerá um sentido individual aos ensinamentos teóricos e às experiências práticas abrangidas pela Formação.

O modelo teórico da FHB parte da constatação do caráter fragmentado do ser humano e da sua projeção, a nível epistemológico, gerando uma infindável retroalimentação. Postulando um processo de reintegração, visa, em última instância, à consciência e vivência não-duais, fundamento básico da visão holística.

O primeiro quadrante do esquema teórico (Figura A) simboliza as quatro modalidades de funções da consciência, representadas, segundo Jung, nas duas polaridades: pensamento-sentimento e sensação-intuição. É necessário o desenvolvimento das funções reprimidas ou indiferenciadas bem como a sua harmonização, equilíbrio e reconexão com o Centro, superando assim a fragmentação e a identificação reducionista com apenas um ou dois extremos dessas polaridades.

O segundo quadrante representa a conseqüência imediata da divisão anterior, projetada na dimensão social, manifestando-se notadamente na classificação epistemológica clássica: ciência, filosofia, arte e religião (Figura B).

O Terceiro diagrama (Figura C) simboliza a experiência de Abertura, tal qual pode ser conquistada em todas as atividades humanas, correspondente â expressão da fonte das Tradições de sabedoria, que independe da diversidade das culturas de onde brotam. A espiral indica o processo dinâmico que liga, paradoxalmente, o centro e a periferia, o microcosmo e o macrocosmo.

Ela se desloca em volta de uma pirâmide cuja base é constituída pêlos quadrantes mencionados e que comporta quatro níveis, correspondentes aos quatro estados de consciência: vigília, sonho, sono profundo sem sonho e o transpessoal. Este último é o ponto de Abertura, simbolizado pelo eixo da pirâmide. O símbolo infinito (co) colocado nos prolongamentos da pirâmide indica que o aprofundamento em qualquer uma das direções da abordagem holísticalevará, necessariamente, a um reencontro com o nível transpessoal.

COMO

A FHB é constituída de três etapas, sendo a evolução pessoal visada ao longo de todo o processo. A essas fases denominamos, respectivamente: “O Despertar”, “O Caminho” e “A Obra-Prima”. Na realidade, esses três níveis se interpenetram de forma indissociável, conformando uma unidade de aprendizagem flexível e orgânica. Por outro lado, segundo uma pedagogia holográfica já mencionada, cada etapa, enfatizando o seu conteúdo próprio, contém todas as demais:a parte no todo e o todo na parte. Em todo o percurso os dois fundamentos básicos da abordagem holística estarão presentes: a holologia e a holopráxis.

1. primeira etapa: O DESPERTAR

A partir de uma introdução à visão holística centrada no Seminário “A Arte de Viver em Paz”, o Aprendiz inicia uma jornada de despertar que deverá se aprofundar por todas as demais etapas. O objetivo maior visado nesta fase é o desenvolvimento integrado das quatro funções psíquicas com a necessária inclusividade dos quatro estados de consciência, anteriormente ressaltados, propiciando a abertura e harmonização no plano individual. Trata-se aqui de uma Ecologia Pessoal e do Ser direcionada ao desenvolvimento pessoal e transpessoal.

O trabalho de despertar, centrado no desenvolvimento do equilíbrio pessoal e harmonia consigo e com o universo vivo é manifestado, especialmente, através do modo de ser, de perceber, de pensar, de sentir e de agir, bem como na atualização do potencial criativo do aprendiz. Esta etapa terá como suporte métodos e enfoques que tenham sido adequadamente testados, focalizando a totalidade a partir dos seus diversos aspectos.

A prática diária do aprendizado adquirido na Formação é condição essencial para o aprofundamento e compreensão do processo de despertar. Assim, o Aprendiz, ao tornar-se mais consciente de si, habilita-se a ser o condutor de seu caminho evolutivo.

Parte-se do princípio de que uma visão integrada e holística decorre, primordialmente, de uma integração do ser. No sentido de facilitar o processo do despertar holístico e da integração individual, constarão desta fase:

  • Doze Seminários ou Encontros mensais, centrados em abordagens da Psicologia Transpessoal e Holística e vivência de Tradições Sapienciais, orientais e ocidentais.

  • Condução de um Círculo Holístico de aproximadamente doze pessoas, podendo estar a cargo de um a três Aprendizes, com o objetivo de fazer 'circular' o aprendizado e

  • Prestar serviço à comunidade (ver Anexo l, sobre Círculo Holístico). A holologia e holopráxis dos encontros deverão orientar-se na temática e vivência da Ecologia Pessoal.

  • Holopráxis no cotidiano, através de uma disciplina diária, no percurso vivencial de uma Tradição Sapiencial da escolha do Aprendiz (ver Anexo II, sobre Holopráxis).

  • Estudo bibliográfico e psicoterapia individual e/ou grupai, quando necessária no processo da integração individual.

2. segunda etapa: O CAMINHO   

Fase itinerante, quando o Aprendiz realizará três estágios de vivência intensiva em centros holísticos ou de Tradições sapienciais, cada um tendo a duração de, no mínimo, sete dias. Um dos estágios será na própria Fundação Cidade da Paz, e os demais ficando a critério do Aprendiz, desde que aprovados pelo Colegiado da FHB (ver Anexo III, sobre Centros para Estágios).

Após ter percorrido um itinerário interior de despertar, aqui o Aprendiz é convidado a colocar os pés no Caminho, realizando uma rota exterior de aprendizado, enriquecido por uma diversidade cultural e metodológica. As atividades e experiências vividas deverão ser resumidas em três relatórios breves, encaminhados, oportunamente, ao Colegiado da Formação.

Por outro lado, nesta etapa a ênfase recairá na Ecologia Social e na reflexão ampliada do individual para o coletivo, abrangendo a abordagem holística aplicada às áreas epistemológicas (ciência, filosofia, arte e tradição). Constarão da mesma:

  • Seis Seminários centrados na abordagem holística na educação, ciência, história, antropologia, economia, filosofia, arte e tradições sapienciais. Vale ressaltar que, tratando-se de uma formação de base, não se pretende, é óbvio, aprofundar demasiadamente e muito menos esgotar esta vastidão temática, senão provocar uma significativa abertura de visão do Aprendiz para o universo integrado do saber-e-fazer humano, na perspectiva holística;

  • Condução do Círculo Holístico que prossegue, enfatizando o estudo e vivência de uma Ecologia Social;

  • Holopráxis no cotidiano, que esperamos que se aprofunde, no sentido da estabilização de uma consciência meditativa que se manifesta através das seguintes virtudes: inclusividade, abertura, flexibilidade, compreensão, harmonia e plena atenção, entre outras;

  • Estudo bibliográfico e psicoterapia, se necessária.

3. terceira etapa: A OBRA-PRIMA

Fase dedicada, principalmente, à elaboração e realização de uma Obra-Prima que represente uma manifestação concreta e evidente do processo de interiorizacão e integração do paradigma e da abordagem holística. Derivada e impulsionada pela motivação e vocação específica do Aprendiz, a Obra-Prima poderá ser de natureza científica e/ou filosófica e/ou artística e/ou espiritual (ver Anexo IV, sobre a Obra- Prima).

A dimensão simbólica dessa etapa consiste em lembrar ao Aprendiz a sua tarefa pessoal intransferível, a sua responsabilidade em beneficiar o Universo com o valor da sua passagem, em contribuir com a sua diferença para o Holos. A rigor, a Obra- Prima fundamental há que ser esculpida no todo único da existência, no desbravamento de uma trajetória singular de individuação que realiza a promessa inerente ao Ser de cada Aprendiz da Vida. Constarão dessa fase:

  • Quatro Seminários focalizando a Ecologia Ambiental Planetária e temas gerais da abordagem holística da realidade;

  • Condução do Círculo Holístico visando a sua irradiação e multiplicação como um

  • Serviço à coletividade e à preservação do planeta;

  • Holopráxis no cotidiano, e

  • Estudo bibliográfico e psicoterapia, se necessária.

CONTEÚDO

A FHB fundamenta-se em quatro pilares básicos:

  • 22 seminários representando um  percurso de encontros dos Aprendizes com os Facilitadores do processo de aprendizagem holística, programados sempre em finais de semana, iniciando no sábado de manhã e concluindo no domingo às 13 horas, salvo raras exceções;

  • Holopráxis   no   cotidiano,   recomendando-se   o   mínimo   de   meia   hora   diária   no aprendizado de um caminho de despertar holístico;

  • Condução de um Círculo Holístico, recomendando-se um encontro semanal de 2 horas ou quinzenal de 4 horas;

  • Estudo   bibliográfico  sistemático,   recomendando-se   psicoterapia  como  importante apoio complementar ao processo de integração e de desenvolvimento pessoal.

Como afirmado anteriormente, o programa da Formação abrange as Ecologias Interior, Social e Ambiental e os campos interconectados da ciência moderna, arte, filosofia e sabedoria antiga. Por outro lado, a FHB é muito mais que apenas os Seminários; como já salientado, implica em holopráxis no cotidiano, condução do Círculo Holístico, estudo e psicoterapia, atividades indispensáveis à evolução do Aprendiz. Este precisa assumir a responsabilidade – habilidade de responder – pelo seu próprio processo num sistema de Universidade Aberta. Quanto á temática dos Seminários:

1. etapa do despertar:

  • A Arte de Viver em Paz;

  • Ecologia do Ser: Análise e Síntese;

  • A Arte de Viver Consciente;

  • Cosmopsicologia e Astrodrama;

  • Jornada Xamânica;

  • A Arte de Viver em Plenitude

  • Reconciliação entre o Feminino e o Masculino;

  • Os Terapeutas de Alexandria;

  • Nos Caminhos do TAO;

  • Terapia Iniciática

  • Mitos e Sonhos.

  • Viver o Propósito

2. etapa do caminho:

  • A Arte de Viver a Harmonia;

  • Tanatologia e Saúde;

  • Abordagem Holística na História e na Ciência

  • Abordagem Holística na Filosofia; .  

  • Abordagem Holística na Saúde;

  • A Arte de Viver o Conflito.

3. etapa da obra-prima:

  •  A Arte de Viver a Natureza;

  • Abordagem Holística na Arte e na Educação;

  • Abordagem Holística em Tradições

  • A Excelência Humana como Estilo Holístico de Viver

Alguns Seminários serão encontros com representantes notáveis do movimento holístico internacional. Por sua própria natureza, o programa da FHB é flexível, aberto, sensível às mudanças e sincronicidades, um fluxo de eventos centrados no Grupo de Aprendizes e atentos ás oportunidades e á dinâmica do aqui-e-agora.

A singularidade, o ritmo próprio e o processo de evolução de cada grupo é respeitado, cabendo à Coordenação a tarefa de acompanhamento e facilitação dos processos grupais.

Na primeira etapa o programa da FHB dirigir-se-á aos aspectos físico, emocional, mental, intujtivo e interpessoal, propiciando ao Aprendiz uma abertura para a dimensão transpessoal. Na segunda etapa, o processo de despertar entra numa fase de aprofundamento, sutilizando-se e abrindo-se para o nível do coletivo, alargando-se os horizontes pelo contato com organismos da Rede Holos. A terceira etapa representa a fase de consolidação, quando o Aprendiz será encorajado a transpirar o que integrou ao longo do seu aprendizado, através da aplicação e da realização de uma tarefa pessoal, a Obra-Prima, visando, sempre, o benefício da coletividade. Um Espaço de Obras-Primas será desenvolvido na Universidade Holística Internacional de Brasília, onde os preciosos vestígios simbólicos dos que concluíram a Formação serão uma fonte de inspiração para os novos Aprendizes.

Todo o processo formativo da FHB apóia-se na abordagem transdisciplinar, recomendada pela Declaração de Veneza, da UNESCO.                                                          

DURAÇÃO

A FHB é programada para transcorrer em  um  período de dois anos. Entretanto, como a abordagem é Centrada na Pessoa, o tempo de duração da Formação dependerá do estágio evolutivo, interesse, envolvimento, ritmo de entrega e intensidade na aplicação do aprendizado teórico-vivencial de cada Aprendiz. O certificado de conclusão será fornecido após o cumprimento das seguintes etapas:

  • freqüência aos seminários previstos para o curso, podendo eventual ausência ser compensada por evento igual (se obrigatório) ou similar, conforme orientação do Colegiado da FHB;                                                                       

  • atendimento dos quesitos de holologia e holopráxis;

  • criação ou participação de círculos holísticos;                   

  • participação em pelo menos 3 (três) estágios itinerantes;

  • aprovação pelo colegiado da Obra Prima.                                  

ADMISSÃO

O candidato à FHB deverá preencher os seguintes requisitos:

  • Enviar curriculum resumido, com dados básicos sobre escolaridade, atuação na área  holística, se  houver,   e participação  em   psicoterapia   individual  e/ou   grupai,   se pertinente;

  • Carta de intenção, explicando o interesse pela abordagem holística;

  • Participação em  uma  entrevista coletiva  de candidatos com  a  coordenação da Formação;

       O principal requisito, entretanto, é a motivação profunda e consistente pelo despertar da visão holística e a disposição para uma disciplina de aprendizagem  indispensável ao resgate da consciência de inteireza.

COM QUEM

Colegiado da FHB – Brasília

Pierre Weil – Reitor

Roberto Crema- Coordenação Nacional 

Renê Cantanhede – Focalização Geral e Coordenação do Grupo IV

Cristina Carvalhedo – Coordenação dos Grupos l e II

Angela Rezende – Coordenação do Grupo III

Lydia Rebouças – Coordenação do Grupo V

Vera Pinheiro – Coordenação do Grupo VI    

Luiz Montezuma – Coordenação do Grupo VII (Fase Inicial)

Graça Paim e João Cadamuro – Coordenação do Grupo VII (Fase Complementar)

Ternise Castelar – Coordenação do Grupo VIII

Alane de Lucena Leal – Coordenação do Grupo IX

Auta Bressanele – Coordenação do Grupo X

 

Campos Avançados

Glória Sobrinho – Rio de Janeiro / RJ

Sandra e Flávio Rodrigues – Belo Horizonte / MG

Virgínia Garcêz – Salvador/BA

Marta Vecchio – Porto Alegre /RS

Luiz Garcia – Campinas / SP         

 

Facilitadores dos Seminários

Pierre Weil

Jean-Yves Leloup (França)

Monique Thoenig (França)

Roberto Crema

Lydia Rebouças                 

Vera S. Kohn (Equador)     

Roberto Zimmer                   

John Wood (USA)

Lucila Assumpção               

Stanley Krippner (USA)

Renate Dittrich (Alemanha)

Carminha Levy

Lia Diskin e equipe da Palas Athena    .

Professor Hermógenes

Mestre Liu Pai Lin (China)    

Octávio Rivas Solís (México)

Aidda Pustilnik

Harbans Lal Arora

Monge Palmeira (homenagem póstuma)

Marize Dantas

Ubiratan D'Ambrósio

Gislaine D'Assumpção          

Craig Gibsone (Escócia)       

May East

Célia Burgos

Marcos Freire

Ralph Viana

Theda Basso

Gustavo Corrêa Pinto

Frei Beto     

Vera Ache

Leonardo Boff

Nilton Ferreira

Felipe Ormonde

leda Lima

Maria Luiza Leão

Myrthes Mac Dowel

Laia de Heinzelin entre outros.

Cada Grupo da FHB terá uma composição singular de Facilitadores, adequada para o seu percurso próprio.

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